PSICANÁLISE
É na inconstância de meu ser
Que possivelmente me encontre,
É onde travo uma batalha com meu ego
E por medo da derrota
Desisto de procurar-me.
Sinto-me perdido e choro
E tento consolar-me ao me ter somente.
Fico contente, sorrio e por um fio
Não desabo novamente
Ao perceber que sou pouco
Para o muito que preciso.
Não sou siso na boca de qualquer gente,
Não sou crente nem ateu,
Não sou teu nem de ninguém
Que me queira mais que a mim mesmo.
Eu sou eu, ou algo mais não identificado
Que paira calado
Em algum quarto escuro de meu ser
Displicente,
Contente
ao me ter somente.