PSICANÁLISE

É na inconstância de meu ser

Que possivelmente me encontre,

É onde travo uma batalha com meu ego

E por medo da derrota

Desisto de procurar-me.

Sinto-me perdido e choro

E tento consolar-me ao me ter somente.

Fico contente, sorrio e por um fio

Não desabo novamente

Ao perceber que sou pouco

Para o muito que preciso.

Não sou siso na boca de qualquer gente,

Não sou crente nem ateu,

Não sou teu nem de ninguém

Que me queira mais que a mim mesmo.

Eu sou eu, ou algo mais não identificado

Que paira calado

Em algum quarto escuro de meu ser

Displicente,

Contente

ao me ter somente.

Júlio Amorim
Enviado por Júlio Amorim em 08/09/2013
Código do texto: T4472268
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