Ser poeta...

Para a aventura pelo qual eu fui,

Não existindo apenas eu o insisto,

Como jamais adestrar já vira,

Foi preciso afastar-me da Luz.

Uma cruz que se carrega cedo,

Desde a libido da hora do medo,

Medo de morrer, medo até de viver,

Sou um crepúsculo pelo horizonte.

Vivi longe da praia da imaginação,

Não senti o fôlego aplanar a situação,

Poeta, jovem, como um farol alinhado,

Pelas estradas verdejantes aráveis.

Ao longe do admoestar da saliência,

Por Deus! Tenho a minha insistência,

Insistir na compreensão do mundo,

Entretanto não sou nenhum vagabundo.

Pela aresta frondosa da minha lente,

Um grau convergente para a gente,

Saindo do limiar de um bom presente,

Passado, Presente e Futuro se dirão.

Pela estrada de uma vida par sagada,

A minha hóstia do dia a dia é labutar,

Mesmo na entrevista da sutileza,

A alma do sono tem a rara beleza.

Ver pelo arisco o belisco do chuvisco,

Insisto no planejamento ao longo prazo,

Um quiasmo verdejante aponta o céu,

Era a minha amada, jamais a esquecerei.

A noite dos ventos caleja a fronte,

Meu grito era para um que conte,

A saudade da alma se nutre assim,

Um dia você é poeta, outro, querubim.

Vamos ao assunto da minha atenção,

Você mora pela cidade da imaginação,

Sou um oligopólio nefasto, neve branda,

Uma empresa que consome a mente.

Olha o prejuízo! Menino poeta sem juízo!

A tua fome de vingança fartou o oriente,

Mesmo aquele beijo quente o afastou,

Você agora é outro pelo seu coração.

A hora do agora vota a assembleia,

Pela sua medeia a semente se brota,

Jota do céu uma mensagem da vida,

Pela minha partida do que mais lida.

Hoje vou encrencar com os historiadores,

Porque eles não sabem minhas dores,

Um coração de Narciso vem abjurar,

Ele quer ser reconhecido pela paixão.

A vitória vai com o coração da derrota,

Vamos indo longe pelo arquétipo certo,

Nas horas de folga um escrever correto,

Vou ladeando pelo arear da ventania.

Ainda busco a semente da minha magia,

Vou descendo as escadas da pirâmide,

Ainda eu sei ser poeta, mesmo por lá,

As montanhas da imaginação sucumbem.

Vou indo como os passarinhos pela paz,

Trago o necessário pelo meu criativo,

Ainda sou um ser vivente e também,

Luto pela moradia honesta de alguém.

Faço da caminhada um desejo bom,

Mesmo indo da face que me fizeram,

Sou apenas o arpoador da semente,

Vivi e nasci nesta terra paulistana.

Pelo qual Deus e minha mãe ama,

Meu coração está enraizado aqui,

Difícil despedir-se deste lugar bom,

Eu sou realizado e estou realizando.

Mesmo o sentido da paixão comanda,

Ela versa a climatização da vespertina,

Eu amo-a! Tão linda boa e tão bela,

Ela é o desejo de todo o homem bom.

Faço um soneto, uma poesia, um poema,

Mesmo pela vinda daquela que ri,

Um sono tranquilo quase eu sorri,

Senti a ventania refugiar-me nela.

Sim você, não você! Sou ser poeta,

Pela Alda alma poeta discreta,

Vou correndo pela nova passarela,

É ela, é ela, é ela, vitória dos céus.

Ainda sonho aquele sonho de verão,

A minha alma está mais próxima,

Uma longitude mais acalmada,

O verão e a andorinha consagrada.

Ainda sinto a presença daquela,

Alma discreta avaliada em trilhões,

Pela chama do amor e ela dor,

Até pedi bênção para o Deus dos Céus.

Vou-me discreto ao lado da sonata,

Como uma aurora que deslumbra,

Fui ao aspecto de minha alma,

Senti assim a dor da coragem.

Vivi a semente de inspiração,

Cativo na solidão. Sou aspecto,

Mesmo incerto retorno ao ser,

Hoje madruguei pela tardinha.

Voltei o véu social da liberdade,

Hoje arrisco menos, mas, projeto,

Desde o ensino do meu instante,

A rocha se liberta do diamante.

Ao acaso vou-me hoje acariciar,

Os belos lábios dela, princesa,

Distante as milhas da natureza,

Senão pela extrema e rara ser.

Ser poeta ou não ser um poeta?

Vejo a questão de forma ascensão,

Um trio passional da imaginação,

Vejo o poeta de forma mais assim.

Você falou que me amou um dia,

Eu te digo: amo-a para todo sempre,

Minhas palavras são um externo,

Como um palavreado sendo correto.

Você foge da companhia dos maus,

Enfrenta o pecado, não o pecador,

Limpa a haste do verso que se faz,

Inteligente. Devia ser para si mesmo.

Quando caíres pela nova alvorada,

Você perdeu mulher, esposa e namorada,

Teus filhos e filhas não o querem,

Hoje, você precisa se amadurecer.

Quando a aurora sente a expressão,

A chuva cai com raios de imensidão,

Você fugiu e foi até o meu parapeito,

Voou pela cidade sem nenhum defeito.

Hoje encontro ela pela minha sisudez,

Apenas a imaginação do que posso,

Ou do que deveria ou teria de o ser,

A coragem, a fortaleza e a destreza.

Você é cavaleiro que combate o eiró,

Não perde a batalha sem antes lutar,

Você é a extensão de um labirinto,

Homericamente a fala se aguçou,

Você volta ao ventre de tua mãe,

Socorro, socorro, está gestante,

Uma mulher em impacto gritante.

Além da minha própria pequenez,

Deus pelo ar da poesia me refez,

Hoje sinto a pressão se refulgir,

Homem de brio, e, ele sentira frio.

Comerciante das nações carolíngias,

Ser poeta é um grande apanágio,

Pelo esquadro que vejo as monções,

Vou até a China escrever realizações.

Tragado pela minha até piedade,

Não quero consolo, quero trabalho,

Não quero vagabundear, mas estudar,

Assim a semente gera e renasce.

Morre antes da ceifa um trigal,

Seria sensacional, eu vou vê-la,

Não estou triste, mas passivo,

Ativo no descrever de um cristão.

Jogo a chave da ilusão pelo coração,

Vejo o ultraje, e, corro pela margem,

Até encontrar o mestre que ajuda,

Ajuda, ajuda, e eu estou procurando.

Corro pela estribeira da minha sensatez,

Vou lúdico, prorrompendo a lucidez,

Corro pela estrada de sonos se sonham,

Assim fiz uma rima mais linda e discreta.

Hoje entrei pelo meu novo prensar romano,

Naveguei sem a bússola dos sentidos,

Fui-me sozinho até a casa da namorada,

Pela dor que por ti encontrei aliada.

Ajuda, ajuda, Deus tem audição também,

Não necessita gritar, Ele te entende,

Você está sofrendo com esta lástima,

A última página do livro você escreveu.

Terminou agora. O desafio é o meu,

Vou-me para um país de infantes,

Diamantes lapidados para comprar,

Hora de você, eu, nós dois irmos.

A fantasia se arquitetou contra eu,

Quando você visitar a minha vez,

Ser poeta ou não, depende de você,

Você é a chave de teu próprio descobrimento.

Anderson Carmona Domingues de Oliveira – 04/09/2013 às 16h46min

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 04/09/2013
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