O pássaro

Quando era menino

Teve um tio que criava passarinhos

Alguns cantavam, pareciam felizes

Mas jamais saíram da gaiola e muito menos, seu ninho

O tempo passou... foi crescendo,

A loucura das jaulas continuou até pouco antes dele morrer

Vendo gerações indo e vindo, uma apos a outra, ele sorria morrendo por dentro

Sem ao menos experimentar o que era viver

Ele se identificava com tudo

Pela morte de prematura de seu pai, a mãe vivia seu fim a todo o momento

Feito carrasco e o refém de si mesmo

Insano... deixava de viver para curtir tais pensamentos

Sem perceber ele era um pássaro

Feito aqueles criados em cativeiro que sequer sabem o que é sofrer

Jamais terá vida pelo trauma de outrora

“Pássaro criado foi feito para cantar e não para viver”

Pássaros sem asas, seres pensantes

Cruzam fronteiras nas rédeas do pensamento

Velozes como a luz, jamais se abatem

Fênix de si mesmos morrem e renascem a todo o momento.

Manoel Cláudio Vieira – 28/08/2013 – 01:52h

Manoel
Enviado por Manoel em 28/08/2013
Reeditado em 08/09/2013
Código do texto: T4455128
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