A Sombra do Castelo

Um rio escuro e negro, é o meu coração, o espanto noturno me assombra, a escuridão rodeia minha alma, queima meu peito e penetra em meus pensamentos, a dor da certeza dos atos rebeldes inconsequentes e impensados a me torturar e por vezes em minha razão lanço golpes tão afiados e pontiagudos como aqueles que recebo, como posso entender, se ao que parece existir milhões de mim mesma, o pensamento de tantas eu me atormenta, na confusão do meu mundo de incertezas do que sou ou quem sou, sinto-me presa no meu ser, aquilo que talvez sou, e nunca fui, e nem quero ser.

De incompreensão e as vezes a insatisfação, como barco sem remos, perdidos no mar, de muitos prantos a deriva nas ondas que me leva, não vejo o horizonte e o socorro não encontro. Só anseio que na minha alma alguém me intenta e não faça história de mim, e que por vezes não parecer ser eu mesma, nos momentos de explosão, não assombra-te pela donzela que realmente sou.

Por vezes mutável, hora idealista, hora compreensiva, hora carinhosa, hora mimada, hora explosiva, hora criança, isso mesmo, uma pequena infanta que ainda brinca com sua boneca, representando o que as vezes sou.

Em brincadeiras que as vezes se contrasta com a realidade da vida, no castelo não existente com o príncipe e a princesa nada encantados, e os felizes para sempre? Não estão lá, somente nos contos, que são como são, apenas contos, e o fim? Nós escolhemos como acaba, com o real, ou talvez sul real existência.

Adryane Abreu
Enviado por Adryane Abreu em 27/08/2013
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T4454911
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