Menino, tu que cresces pela rua
Como se fosses ganhar a fama,
Tens por pai e mãe somente a lua,
E em cada beco um estranho chama.
Persegues fiel tua desdita fatal
Jogado pelas ruas de pedras e gentes
As drogas que usas, já achas normal
O que sentes não pensas o que pensas não sentes
O que pensas não sentes, o que sentes tu mentes.
Do inicio na cola, - que diz agora ser de criança,
Passaste ao crack e por todas gradualmente,
Tendo só onze anos, te achas adulto em tua crença,
O crack é mais barato... e achas mais facilmente.
Pensas, repensas, seres feliz recidivo assim,
Que o mundo sem fronteiras é tua posse?
- Terás infeliz menino, um incongruente fim.
Ao menos sentisse, que o outro, teu amigo fosse!
- Se amigo, não sei, mas ele traz a droga pra mim.
Ao pagamento tu roubas, assalta sem demora,
Tudo fazes para teres a droga e ficares vivo,
Onde dormistes ontem? - Não me lembro agora!
Crônica-poema de dor crônica; assim redivivo:
Elevemos aos céus nossa oração sem demora.
Poema-ficção? Não! Neste momento agora,
Ao reverso dos sonhos de um poeta que ora,
Que vem de caminhos mais suaves de outrora,
Esse mal devora, uma criança moço ou senhora,
- Óh Deus, dai o Livramento à alma que chora.
O inferno existe. Reside no império do mundo.
Oferece a linda rosa, na beira do abismo escuro,
Insaciável de almas, ao sorvedouro profundo,
- Retirai nos o Mal, dai-nos coração mais puro,
Afasta das criaturas, esse Mal tão imundo.
Que fora da janela de nossa alma,
Venha dos Céus a Graça do Livramento,
Que a todos os que sofrem reine a Paz,
Pai afasta das vítimas esse sofrimento,
E que o vício seja vencido pelo Todo Capaz!
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Como se fosses ganhar a fama,
Tens por pai e mãe somente a lua,
E em cada beco um estranho chama.
Persegues fiel tua desdita fatal
Jogado pelas ruas de pedras e gentes
As drogas que usas, já achas normal
O que sentes não pensas o que pensas não sentes
O que pensas não sentes, o que sentes tu mentes.
Do inicio na cola, - que diz agora ser de criança,
Passaste ao crack e por todas gradualmente,
Tendo só onze anos, te achas adulto em tua crença,
O crack é mais barato... e achas mais facilmente.
Pensas, repensas, seres feliz recidivo assim,
Que o mundo sem fronteiras é tua posse?
- Terás infeliz menino, um incongruente fim.
Ao menos sentisse, que o outro, teu amigo fosse!
- Se amigo, não sei, mas ele traz a droga pra mim.
Ao pagamento tu roubas, assalta sem demora,
Tudo fazes para teres a droga e ficares vivo,
Onde dormistes ontem? - Não me lembro agora!
Crônica-poema de dor crônica; assim redivivo:
Elevemos aos céus nossa oração sem demora.
Poema-ficção? Não! Neste momento agora,
Ao reverso dos sonhos de um poeta que ora,
Que vem de caminhos mais suaves de outrora,
Esse mal devora, uma criança moço ou senhora,
- Óh Deus, dai o Livramento à alma que chora.
O inferno existe. Reside no império do mundo.
Oferece a linda rosa, na beira do abismo escuro,
Insaciável de almas, ao sorvedouro profundo,
- Retirai nos o Mal, dai-nos coração mais puro,
Afasta das criaturas, esse Mal tão imundo.
Que fora da janela de nossa alma,
Venha dos Céus a Graça do Livramento,
Que a todos os que sofrem reine a Paz,
Pai afasta das vítimas esse sofrimento,
E que o vício seja vencido pelo Todo Capaz!
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