Horas de metal
É pois o vapor de mais uma noite.
Tal como idas à praia.
É nostalgia!
que os grilos atiçam.
Meu despertador de cabeceira
É barulhento e
coabita minha paciência.
Ele soa, insiste e Existe.
E para mim é como se não fosse.
- Ele é de metal!
Não me responde
e aos meus sonhos não atende.
Diz do mal o sentimental
- E a resposta?
E pergunto do pecado da vida
Da metafísica das coisas
Da cosmopoligenia animal
E o ônibus passa
- atrasado - para o serviço
A hora vai carcomida
na poeira do tempo.
- Meu relógio é de Metal!
Ele me responde:
canções badaladas e
Eu não quero ouvir.