Eu não falei de você, confesso.
Humildemente mulher
fez-me aristocraticamente viajar.
Eu não ouvi sua voz ao telefone,
foi bem mais fácil desligar,
dizer que fora engano.
Eu não aceitei ser feliz,
sair pelo mundo, dizer não a tudo.
Eu não pude romper compromissos,
chutar o balde.
Nem ao menos ver seu retrato guardado 

entre papéis.
Eu não pude assumi-la de fato, ser  pai de sua criança.
Eu não quis dizer adeus, retornar à sua casa,
beijar nosso filho, revê-la.
Quis somente permanecer infeliz e distante.
Não ser seu homem, sequer ser homem.