Pouco ou Nada
Nada de nada, muito pouco e por fim, coisa nenhuma.
Após uma longa espera, uma torturante expectativa,
aguardou-se muito, o tempo passou lentamente
e a hora não chegou, e o milagre não se fez presente.
E o pensamento exauriu-se pela divagação nas teorias.
E os sentimentos frustraram-se com a pobreza afetiva.
Reconheceu ter pintado a realidade com seus ideais.
Preso à sua inspiração, acabou julgando-se ingênuo.
Talvez capacitado a entender uma verdade ímpar,
ou iludido por sua boa vontade aliada à imaginação.
E a razão acabou por concluir pelo risco da inutilidade.
E mensurou a vida por critério contábil matemático.
Sentiu-se meio tolo, mas viu-se coroado de praticidade.
E todo o brilho das verdades eternas ficou apagado.
E a efemeridade fez-se prioritária, sobrepondo-se.
E estupidificado, viu o caos da ordem estabelecida.
E a abstração do pensamento riu-se com sarcasmo.
Zombou de si, mas não tinha alegria e sim amargura.
Definitivamente consciência e cotidiano confrontavam-se.
Não sabia o que poderia esperar de si e dos outros.
Observou a grande distância entre ideal e realização.
E nada tendo por fazer, resolveu escrever estas linhas.
Escreveu ante a inviabilidade de resolver a questão.
Desenhou as letras para passar o tempo nervoso,
esperando encontrar alguma resposta, talvez oculta.
Desejando que de surpresa surgisse uma boa idéia.
Deixava que a mão movimentasse em busca de consolo.
Escrevia como se isto fosse tão essencial quanto o ar.
Materializava no papel uma necessidade vital da alma.
Criava assim uma prova documental da sua existência.
No futuro, quem sabe serviria para esclarecer dúvidas.
Seria uma garantia de que realmente um dia existiu.
Nada de nada, muito pouco e por fim, coisa nenhuma.
Após uma longa espera, uma torturante expectativa,
aguardou-se muito, o tempo passou lentamente
e a hora não chegou, e o milagre não se fez presente.
E o pensamento exauriu-se pela divagação nas teorias.
E os sentimentos frustraram-se com a pobreza afetiva.
Reconheceu ter pintado a realidade com seus ideais.
Preso à sua inspiração, acabou julgando-se ingênuo.
Talvez capacitado a entender uma verdade ímpar,
ou iludido por sua boa vontade aliada à imaginação.
E a razão acabou por concluir pelo risco da inutilidade.
E mensurou a vida por critério contábil matemático.
Sentiu-se meio tolo, mas viu-se coroado de praticidade.
E todo o brilho das verdades eternas ficou apagado.
E a efemeridade fez-se prioritária, sobrepondo-se.
E estupidificado, viu o caos da ordem estabelecida.
E a abstração do pensamento riu-se com sarcasmo.
Zombou de si, mas não tinha alegria e sim amargura.
Definitivamente consciência e cotidiano confrontavam-se.
Não sabia o que poderia esperar de si e dos outros.
Observou a grande distância entre ideal e realização.
E nada tendo por fazer, resolveu escrever estas linhas.
Escreveu ante a inviabilidade de resolver a questão.
Desenhou as letras para passar o tempo nervoso,
esperando encontrar alguma resposta, talvez oculta.
Desejando que de surpresa surgisse uma boa idéia.
Deixava que a mão movimentasse em busca de consolo.
Escrevia como se isto fosse tão essencial quanto o ar.
Materializava no papel uma necessidade vital da alma.
Criava assim uma prova documental da sua existência.
No futuro, quem sabe serviria para esclarecer dúvidas.
Seria uma garantia de que realmente um dia existiu.