Andando em Círculos
Queria a paz,
mas só tenho ansiedade.
Queria o milagre,
mas sou acidente,
perdido entre
o acaso da razão
e a fugacidade da fé.
Duvido de mim,
duvido de minha lucidez.
Oculto dores e ressentimentos.
E não conseguindo esclarecer-me,
ando por círculos
cada vez maiores.
Como são fáceis as dúvidas,
mas são difíceis as certezas.
Até onde quero chegar?
Já não sei se vou.
E divago num sarcasmo cansado,
num cinismo esvaziado.
Já não sinto a amargura,
ela de fato apenas
enche-me de maior enfado.
Tanto por fazer,
e o cansaço parece
querer fazer do ócio
o maior dos sonhos.
O não fazer
que se preserva do pecado,
do existir
que não compromete a existência.
Nem o bem, nem o mal,
antes parecem ser os mornos
os mais aptos a viver.
Uma frouxidão de tudo,
de perspectivas vãs
que incendiaram pensamentos,
que queimaram sentimentos,
que converteram-se em cinzas.
Pó dos inúteis devaneios,
pó que parece estar
no princípio e no fim.
Queria a paz,
mas só tenho ansiedade.
Queria o milagre,
mas sou acidente,
perdido entre
o acaso da razão
e a fugacidade da fé.
Duvido de mim,
duvido de minha lucidez.
Oculto dores e ressentimentos.
E não conseguindo esclarecer-me,
ando por círculos
cada vez maiores.
Como são fáceis as dúvidas,
mas são difíceis as certezas.
Até onde quero chegar?
Já não sei se vou.
E divago num sarcasmo cansado,
num cinismo esvaziado.
Já não sinto a amargura,
ela de fato apenas
enche-me de maior enfado.
Tanto por fazer,
e o cansaço parece
querer fazer do ócio
o maior dos sonhos.
O não fazer
que se preserva do pecado,
do existir
que não compromete a existência.
Nem o bem, nem o mal,
antes parecem ser os mornos
os mais aptos a viver.
Uma frouxidão de tudo,
de perspectivas vãs
que incendiaram pensamentos,
que queimaram sentimentos,
que converteram-se em cinzas.
Pó dos inúteis devaneios,
pó que parece estar
no princípio e no fim.