Razão e Coração
 
E nada entendendo, zombando da razão,
nada encontrando, rir-se com o vazio.
E lá vislumbrando oculto o seu coração.
E este bate fingindo silêncio,
envergonhado das suas emoções,
julgando-as infantis
quando já deveriam estar maduras.
Mas o coração está despreocupado,
apenas brinca como criança ingênua.
Finge-se tanto de vivo, como de morto.
E apenas diz que em meio a falsas certezas,
melhor apenas vagar na ilusão do tempo.
E o tempo passa, e talvez fique....
Talvez encontre tempo para uma visita,
talvez fique...? Ou sabe-se lá se volta,
apenas estando, enquanto pode.
Fingindo existir em cada instante,
pois que nada é tanto que se justifique.
Pois que tudo tem um bom tanto de nada,
de forma que fraqueza e força convivem.
De modo que coragem e covardia se encontram.
E assim, por tudo ou por nada.
O silêncio onde tanto dizem as inquietações,
numa paz que não existe, mas que quer iludir.
Neste jogo de ser ou não ser.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 22/08/2009
Reeditado em 22/08/2009
Código do texto: T1768278
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