Perdido na noite
Tão sozinho nas calçadas sem saber pra onde ir,
Mui ausente da família sem motivos pra sorrir.
Vai de um lado para outro procurando o que fazer;
Sentindo na sua alma o medo do escurecer.
Poderia ter amigos ou até uma profissão,
Descansar numa suíte, ou andar de avião.
Tantos sonhos para trás sufocam a esperança,
Esmagam toda uma vida e o futuro da criança.
Nunca lhe faltou o sol que lhe aquece todo dia
Nem o abrigo improvisado daquelas calçadas frias;
Mas faltaram-lhe dia-a-dia alimentos e vestimentas,
Sem contar o desprazer da ausência de companhia.
Edileusa Carvalho