Perdido na noite

Tão sozinho nas calçadas sem saber pra onde ir,

Mui ausente da família sem motivos pra sorrir.

Vai de um lado para outro procurando o que fazer;

Sentindo na sua alma o medo do escurecer.

Poderia ter amigos ou até uma profissão,

Descansar numa suíte, ou andar de avião.

Tantos sonhos para trás sufocam a esperança,

Esmagam toda uma vida e o futuro da criança.

Nunca lhe faltou o sol que lhe aquece todo dia

Nem o abrigo improvisado daquelas calçadas frias;

Mas faltaram-lhe dia-a-dia alimentos e vestimentas,

Sem contar o desprazer da ausência de companhia.

Edileusa Carvalho

Edileusa Carvalho
Enviado por Edileusa Carvalho em 22/07/2009
Reeditado em 09/06/2020
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