A Queda dos Mitos
 

Todo bem e mal
de uma única individualidade,
de toda uma coletividade,
talvez pacífica e suave,
ou quem sabe 
agressiva e bruta.
O contexto social,
sua ética vencida,
sua moral desfalecida,
sua justiça moribunda.
O bem estaria morto?
O cabelo vai ficando branco,
no maturar da vida,
no despertar do espírito,
o corpo passivo apenas envelhece. 
E no passar do tempo,
nas marcas da vivêcia.
Caem os ídolos de bronze,
quebram-se os ídolos de gesso,
tombam os míticos ideológicos,
se perdem corrompidos,
se esvaem em doenças,
perdem toda a graça
os pobres ídolos
de carne e osso,
morrem em falsa glória,
caem em real miséria.
Banidos da vida,
destituídos de seus tronos.
Solitários em precários altares,
para depois numa única vala
jazer em lugar comum
no destino de todos os mortais,
de todas as mentiras,
de todos enganos,
irmanados no desprezo.
Os mitos ontem
talvez grande tolos de amanhã.
Os mitos de hoje 
o que serão?
Em meio a possibilidade de
uma inteligência exausta
se faz plena e idolatrada
em todo o seu esplendor, 
a imensa ignorância
que faz altares
em corações e cérebros
vazios e preguiçosos.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 30/06/2009
Reeditado em 26/11/2017
Código do texto: T1675318
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