Divagações sobre a Finitude
Quanto tempo
de vida ainda terei ?
Pela primeira vez
faço-me tal pergunta.
Sempre tratei de
forma lógica o fim,
Mas eis agora
esta visita inesperada e indesejada.
Por que a sensação de finitude
veio-me tão intensa?
Já não bastasse o meu conflito
com a eternidade.
Sempre imaginei que a
efemeridade era algo resolvido.
Mas com franqueza hoje
senti pela perda da vida.
E isso deveria ser fato
extremamente comum,
Mas ao sentir-me assim,
acusei-me de tolo.
Tive um insuportável
encontro com o medo.
E ri de mim,
e zombei de meus temores.
Desprezei-me raivosamente
por minha humanidade.
E nisso não vi poesia alguma,
Mas uma tendência
a um árido realismo.
Por mais que tente
dotar-me de serenidade,
Existe uma inquietação cínica
que atormenta-me.
De alguma forma sinto-me
próximo de um desvendar,
Quem sabe a revelação
de oculto enigma.
E que ninguém venha
zombar de mim,
Pois que basta
o peso da autocrítica.
É um amontoado de estranhezas,
É um jogo de muitos enigmas.
São tantos símbolos que surgem,
É tamanha ebulição de pensamentos,
É intensa volatilidade de sentimentos.
E em meio a isso o ser confuso.
Não sabendo se agradece
por dádiva especial,
Ou se amaldiçoa sua
tamanha exaustão.
25/07/2002
Quanto tempo
de vida ainda terei ?
Pela primeira vez
faço-me tal pergunta.
Sempre tratei de
forma lógica o fim,
Mas eis agora
esta visita inesperada e indesejada.
Por que a sensação de finitude
veio-me tão intensa?
Já não bastasse o meu conflito
com a eternidade.
Sempre imaginei que a
efemeridade era algo resolvido.
Mas com franqueza hoje
senti pela perda da vida.
E isso deveria ser fato
extremamente comum,
Mas ao sentir-me assim,
acusei-me de tolo.
Tive um insuportável
encontro com o medo.
E ri de mim,
e zombei de meus temores.
Desprezei-me raivosamente
por minha humanidade.
E nisso não vi poesia alguma,
Mas uma tendência
a um árido realismo.
Por mais que tente
dotar-me de serenidade,
Existe uma inquietação cínica
que atormenta-me.
De alguma forma sinto-me
próximo de um desvendar,
Quem sabe a revelação
de oculto enigma.
E que ninguém venha
zombar de mim,
Pois que basta
o peso da autocrítica.
É um amontoado de estranhezas,
É um jogo de muitos enigmas.
São tantos símbolos que surgem,
É tamanha ebulição de pensamentos,
É intensa volatilidade de sentimentos.
E em meio a isso o ser confuso.
Não sabendo se agradece
por dádiva especial,
Ou se amaldiçoa sua
tamanha exaustão.
25/07/2002