A Grandeza e o Nada
Flutua a vaga nuvem no céu sem fim.
Vai pensamento que, de tão errante,
já vai como que nau perdida.
Como náufrago que perdeu
a esperança, que apenas
aguarda a morte, enganando-se
com a própria solidão.
Na certeza dos predestinados,
nas dúvidas dos descrentes,
pois que tudo se torna tão pouco.
E zomba por ser tão pequeno
ainda ter quem acredite em grandeza,
pois que ela parece tão concreta.
Entretanto, engana, é pura ilusão.
Num jogo de mentiras bem contadas,
de verdades que não tiveram graça.
Por imperícia da fala, por fraqueza
do argumento, daí a tolice
em crer no falso,
pois, embora ilusório,
tem um brilho encantador.
Brilho de pedra falsa.
Coração de pedra.
Alma de pedra.
E pedras não têm alma.
Flutua a vaga nuvem no céu sem fim.
Vai pensamento que, de tão errante,
já vai como que nau perdida.
Como náufrago que perdeu
a esperança, que apenas
aguarda a morte, enganando-se
com a própria solidão.
Na certeza dos predestinados,
nas dúvidas dos descrentes,
pois que tudo se torna tão pouco.
E zomba por ser tão pequeno
ainda ter quem acredite em grandeza,
pois que ela parece tão concreta.
Entretanto, engana, é pura ilusão.
Num jogo de mentiras bem contadas,
de verdades que não tiveram graça.
Por imperícia da fala, por fraqueza
do argumento, daí a tolice
em crer no falso,
pois, embora ilusório,
tem um brilho encantador.
Brilho de pedra falsa.
Coração de pedra.
Alma de pedra.
E pedras não têm alma.