ÂMAGO
ÂMAGO
Em tão íntima conversa
Perguntei aos meus botões:
Se nesta tristeza imersa
Se afogariam ilusões.
Esperei, pois, a resposta
Para saber opiniões.
Que a alma não seja exposta,
Eu pedi aos meus guardiões.
E fiquei de peito aberto
Esperando a confissão.
Meu âmago muito esperto,
Quis fechar-se de antemão.
Insistindo na pergunta,
Ouço a voz do coração:
“Se muita ilusão se junta,
O castelo vai ao chão!”