ÂMAGO

ÂMAGO

Em tão íntima conversa

Perguntei aos meus botões:

Se nesta tristeza imersa

Se afogariam ilusões.

Esperei, pois, a resposta

Para saber opiniões.

Que a alma não seja exposta,

Eu pedi aos meus guardiões.

E fiquei de peito aberto

Esperando a confissão.

Meu âmago muito esperto,

Quis fechar-se de antemão.

Insistindo na pergunta,

Ouço a voz do coração:

“Se muita ilusão se junta,

O castelo vai ao chão!”

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 04/04/2009
Reeditado em 29/11/2014
Código do texto: T1521961
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