A busca incessante...
A busca incessante pelo gozo carnal
Na brevidade da juventude e da vida
E sempre o ouro a traficar a beleza
Vende-se ao interesse a musa, o prazer
Sedicia meio mundo, e o amor cuja voz
Celeste compõe a melhor parte do mortal.
Prateia suavemente a solidão entre verdes
Remansos, abranda-se o desejo mais urgente
Sucede o tempo de paz ao gozo inclemente.
Quanto são egoístas as pessoas, ante o pão
Da vida, feito melhor se dividido, e contendo
Quanta desigualdade de asas e quão vasto
O sonho...alguns, feito humildes até na esperança
Lutam ferozmente pela posse do mínimo:
São os desvalidos; outros voam vastamente e
Nada lhes basta, ficam estupefatos ao ouvir
O não; muitos deles se tornam no fim ditadores
Ou carrascos, e poucos se lembram de serem felizes.
Lembrar-te de ser feliz, imperador
Ou mendigo! Constrói para ti fora da luta
Um doce remanso ao som de sonorosas aves.