Caminho rumo à liberdade
Na penumbra da alma,
divagações do passado,
vozes sussurram palavras armadas,
cicatrizes pulsando, ainda vivas,
memórias de um vínculo que se desfez
como fumaça ao vento,
deixando apenas lacerações e lamentos.
Quantas vezes o coração clama,
por uma chance fresca,
mas a amargura se agarra firme,
como sombra que não se aparta
do corpo que a produz.
Olhos que não se encontram,
corações que se afastam,
e o silêncio grita onde antes havia risos.
O perdão, essa palavra tão leve,
carrega o peso de um mundo inteiro.
É um gesto que custa a sair dos lábios,
cria abismo profundo entre dois seres.
Ah, como é difícil desprender-se,
libertar-se do fardo de não perdoar.
Ainda assim, em noites sem fim,
desejos definhados ainda
se entrelaçam com esperanças,
cada lágrima caída rega o solo árido
de um coração que anseia ser mais leve.
O perdão se transforma em uma luz distante,
um farol que pisca na escuridão,
que para alguns é tangível,
mas para outros, um farol de utopia.
É preciso olhar nos olhos do outro,
encontrar, no fundo, a própria dor,
saber que somos humanos,
carregando a fragilidade em nossos peitos.
E quem ama, mesmo que ferido,
precisa realizar milagres
primeiramente em si mesmo
para poder curar as feridas alheias.
As lembranças do passado persistem,
como crateras em um caminho tortuoso,
mas há beleza na vulnerabilidade dos caminhos,
na entrega de um coração em frangalhos.
O perdão não é um ato de fraqueza,
mas um hino melódico à libertação
daquilo que nos amordaça,
e nos leva rumo à reconciliação,
um gesto que nos faz tocar o céu.
E quando finalmente o coração se rende,
quando as barreiras se desmoronam,
é como se a vida renascesse,
um recomeço repleto
de promessas frescas e perfumadas.
As cicatrizes podem nunca
desaparecer completamente,
mas o perdão é um bálsamo que suaviza a dor,
uma ponte que liga o passado ao deleite,
um espaço onde o amor é novamente palpável .
Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ( IA)