O PERDÃO
Na hora mesmo em que
faltei com ela, ela saltou
da cadeira e disse: -Culpado.
O quanto sofri por ter
ouvido esta palavra,
eu sei. Culpado é na
verdade um veridito
muito sério e pesado.
Mas, me recolhi e procurei
nas minhas orações
consolo por tão louco
amor. O que faltou entre
nós naquele momento,
foi calma para conversar.
Hoje eu vejo aqui distante
de toda culpa. Pobre alma
a dela, eu a perdoei, e rezo
por ela também. Que ela
encontre a mesma
felicidade que eu achei.
Pois os meus momentos
felizes eu passo em paz
completa. E claro, memória
toda gente tem, mas não
para se atormentar. Memória
para me lembrar dos bons
momentos. Aí está razão
suficiente para o perdão.