O PERDÃO

Na hora mesmo em que

faltei com ela, ela saltou

da cadeira e disse: -Culpado.

O quanto sofri por ter

ouvido esta palavra,

eu sei. Culpado é na

verdade um veridito

muito sério e pesado.

Mas, me recolhi e procurei

nas minhas orações

consolo por tão louco

amor. O que faltou entre

nós naquele momento,

foi calma para conversar.

Hoje eu vejo aqui distante

de toda culpa. Pobre alma

a dela, eu a perdoei, e rezo

por ela também. Que ela

encontre a mesma

felicidade que eu achei.

Pois os meus momentos

felizes eu passo em paz

completa. E claro, memória

toda gente tem, mas não

para se atormentar. Memória

para me lembrar dos bons

momentos. Aí está razão

suficiente para o perdão.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 12/06/2023
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