Liberto-os
Não quero e nem preciso mais mantê-los submersos nessa má água que acidifica o meu coração.
Liberto-os das salas de memória, das sessões de tortura em minha imaginação, concedo lhes meu perdão real e o merecido repouso no oblívio.
Uma hora ou outra haveremos de despertar do frenesi de nossas nêmesis e perceber que ferindo ao nosso semelhante ferimos a nós mesmos.
Prefiro deixar tudo sob o encargo das leis superiores. Uns chamam de destino, outros de sina, carma, etc.
Eu prefiro encarar enquanto lições de uma grande e austera mestra. Cedo ou tarde, a vida se encarrega de dar-nos a justa medida de tudo aquilo que merecemos, sejam dores ou delicias.
Espero do fundo do coração que possas receber mais delícias do que dores.