Liberto-os

Não quero e nem preciso mais mantê-los submersos nessa má água que acidifica o meu coração.

Liberto-os das salas de memória, das sessões de tortura em minha imaginação, concedo lhes meu perdão real e o merecido repouso no oblívio.

Uma hora ou outra haveremos de despertar do frenesi de nossas nêmesis e perceber que ferindo ao nosso semelhante ferimos a nós mesmos.

Prefiro deixar tudo sob o encargo das leis superiores. Uns chamam de destino, outros de sina, carma, etc.

Eu prefiro encarar enquanto lições de uma grande e austera mestra. Cedo ou tarde, a vida se encarrega de dar-nos a justa medida de tudo aquilo que merecemos, sejam dores ou delicias.

Espero do fundo do coração que possas receber mais delícias do que dores.

Francisco Grandiel
Enviado por Francisco Grandiel em 10/05/2023
Código do texto: T7784830
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