IMERSO NITERÓI
Absorto.... A observo.
Absorvo... Tão Imerso.
Contemplo... Sua beleza.
Alguém que cujo cheiro era meu.
Em meio ao caos interno...
Reflexo do cotidiano...
Do mendigo deitado e sua sina...
Do semáforo e seus meninos.
Em meio ao ferro e busina...
De quem aguardou meses a nascer...
Deleito-me... Me permito ver.
Um olhar reprova-me.
Deveria eu admirar apenas o sofrer?
É tal a missão dos meus olhos?
Romantizar um pesar de uma dor?
O inverno e seu sol...
Ela se vira e me nota...
Joga em mim um sorrir.
Uma brisa me toca.
Eis a resposta.
Eu me perdoo...
Posso partir.