desabafo interrompido
perdão ao meu antigo eu que morreu
nesta tarde de domingo.
vim da rua estrelada com a crescente lua sendo um fino brilho
da nova escuridão.
chego direto pro computador, lavar as mãos e hipnotizar a visão
que traz o esqueicmento
de desabafar um lamento
uma angústia dissolvida em caminhada,
desce morro sobe morro
desce morro sobe morro
precisei sair, pra enxergar o valor de estar em casa
uma estranha pelada, que sabe por que deve ser amada
mas a armadilha está em querer inconsciente
uma mente que quer se distrair consciente
ás vezes o confinamento aprisiona
as acomodações nos enganam
o estável é tudo o que eu gostaria de ter agora com você
não dá pra esquecer
esperando mensagens e voltando atrás
dá pra escrever
e dispersar é angustiante pra não cessar angústia
e dispersar é deixar um pouco de lado, a necessidade
o prazer se perdeu lá atrás.
quis fugir como anteriormente não quis
jus desse algoz que se desmantela de pouco em pouco
de gole em gole
te engole a decisão, de não olhar pra mais
menos os meios de incomunicação
culpada pelo tempo de recolhimento e medo de morrer em arrependimento
perdoar o agora por me frustrar
o que a racionalidade constata não muda
a emoção que não é muda
estancar sangue com fronha de travesseiro
pra regar a natureza imperdoável amante
mate sufocado esse meu romance
essencia viva de um ego que foi comprar cigarro e nunca mais voltou
que bom! há cada maço é interrompido um gemido
que desabafa em qualquer uma menos naquela
coisa
afoita
indiferença solta
pessoa presa
olhando pela desalmada janela virtual.