Desculpas

Nunca foi uma meta causar problemas.

Nem foi indireta, tal linha reta,

Que tão complexa, traçada fiz.

Nem foi intuito não ser mútuo

Mas por meu luxo, um forte impulso

Pra manter o fluxo, assim eu quis.

Perdão imposto.

Orgulho impresso num erguido rosto

Face pública num profundo poço

Fortaleza, essa mata densa, que construí.

Muito cedo para ser tarde,

Mal percebi eu, estando longe da estabilidade,

Distante um tanto da realidade

Esse conforto que forçado cabe

Forçando o verso, propõe vaidade,

Feita saudade,

Doce sabor que ajuda fugir,

Inexistir.

E a liberdade é criada, ao ser camuflada pelo "indesejo"

E a prisão é revelada, permanentemente está ativada

Enquanto eu penso, e peso o medo.

E essa farsa, essa desgraça,

De flor pintada e "ensorrisada"

Dor vendada num frio intenso

Que sei, mereço

Compreendi.

Siid
Enviado por Siid em 10/04/2020
Reeditado em 11/04/2020
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