Desculpas
Nunca foi uma meta causar problemas.
Nem foi indireta, tal linha reta,
Que tão complexa, traçada fiz.
Nem foi intuito não ser mútuo
Mas por meu luxo, um forte impulso
Pra manter o fluxo, assim eu quis.
Perdão imposto.
Orgulho impresso num erguido rosto
Face pública num profundo poço
Fortaleza, essa mata densa, que construí.
Muito cedo para ser tarde,
Mal percebi eu, estando longe da estabilidade,
Distante um tanto da realidade
Esse conforto que forçado cabe
Forçando o verso, propõe vaidade,
Feita saudade,
Doce sabor que ajuda fugir,
Inexistir.
E a liberdade é criada, ao ser camuflada pelo "indesejo"
E a prisão é revelada, permanentemente está ativada
Enquanto eu penso, e peso o medo.
E essa farsa, essa desgraça,
De flor pintada e "ensorrisada"
Dor vendada num frio intenso
Que sei, mereço
Compreendi.