Fugas
Me perdoe por ter fugido,
Me perdoe por ter um psicológico tão deturbado.
Perdão por sempre estar errado.
Tenho medo de ser somente um fraco.
Afinal não conta o peso da carga,
Não importa o tamanho do braço,
Se minha mente tá em lapso...
Sei que vivi distante,
É que sentir nunca foi relevante.
Me dopei com tanto vinho, tanto calmante.
Só queria ver umas gotas de sangue.
Não tem Malboro que resolva,
A solidão que me espanque.
Não tem orgulho em
Ser sangue do teu sangue...
O relógio mal passa as horas,
Tudo passando, o mundo girando.
E pessoas indo embora.
E não tenho coragem,
De amarrar meu pescoço na corda.
Sempre fui covarde,
Então não venha falar que não é tarde !
Talvez, esse dom me mate.
Não quero escrever um prólogo,
Esqueça a origem.
O mundo já não é tão bonito,
E os fones são o meu psicólogo.
Tenho medo da altura que escalar,
Me olhar da porra da sacada...
E pensar em me jogar,
Já pensei em mil maneiras de como tudo isso pode terminar.
Também não gosto do escuro,
Minhas guerras são internas com meus demônios.
A ignorância que carrego,
É meu escudo.
Eu sei como vai terminar,
Só que não sei o que
Estará lapidado no meu túmulo.