Poeta do Morro
Para viver em todos os morros do Mundo,
Tem de ser malandro, ter malemolência,
Consciência, e ter bastante decência!
Fala Bezerra da Silva, nato vagabundo!
PUJANTE
Eu sou assim errante
Eu sou assim pujante
Um punhal cravado ao peito
Oposição do que é perfeito
Minhálma pede uma bebida
Para lavar a solidão
Eu continuo aqui cantando
Ouvindo o som do coração
Você pra mim é ninguém
Meu meu mal foi ter querido
Seu bem
EU QUERO VOCÊ E VOCÊ ME QUER
Eu quero você
E você me quer
Se for nosso destino
Venha o que vier
Desde que te vi
Meu mundo mudou
Vou te fazer Feliz
Tu és meu grande amor
Porque o meu Prazer
É te dar prazer
Quero gozar a vida
Junto com você
Eu sou vagabundo
Fumei cantei na praça
O Mundo caminha
Rumo a desgraça
Mas desde que te vi
Meu Mundo Mudou
Vou te Fazer feliz
Roubando teu amor
CASA DA MÃE JOANA
Fui uma festa na casa da mãe Joana
E lá todos bebiam de graça
Bebi demais, fumei marijuana
E findei caído lá na praça
Todo homem na idade adulta
Sente algum cheiro
Que lembra a sua infância
Eu sinto esse cheiro
Constante, constantemente
Pois sou eternamente criança
QUANDO EU MORRER
Quando eu morrer
Darei risadas da vida
E ainda cantarei varias canções
Ao ouvir o som das larvas
Incansáveis devorando
O meu corpo
E jamais esquecerei
Quem eu amei
Pois o amor
É um pássaro
De asas negras
E a sua sombra
Deixa qualquer homem louco
NO DIA EM QUE NASCI
No dia em que nasci
O Sol brilhou para mim
Eu vi a Lua chorar
Uma estrela disse assim
És filho do Universo
Vá lá e faça seu Verso
Seja bom ou seja ruim
Eu fiz do inicio ao fim
MALÁCO
O meu primo Zé Cocada
Versando ele me falou
Que já deu muita risada
Da piada que ninguém
Ninguém nunca contou
Que gosta do baseado
E está sempre apaixonado
Por alguém que já passou
16/09/2019
Adriano Soares
Amiga Eterna
Nos encontraremos
Na Eternidade...
Estamos com muita,
Muita saudade,
Dona Maria José!
Para os íntimos,
Dona Dezinha!
Mulher guerreira de fé,
Bondoza igual não tinha!
Um exemplo de pessoa.
Em nossos ouvidos,
Sua bela voz ecoa...
Familiares e amigos,
A queremos muito bem!
Quero que saibam:
Igual a Dona Dezinha,
Nunca houve
E nem haverá ninguém!
Picuí, 15/05/2020
Poeta Adriano Soares