Ambíguo inato
Para não dizer que o mundo perdeu-se
de seus amores
Para não desver as flores,
ao longo do tempo, com opaco das cores
Para não fazer-se carrasco,
aos nobres olhos dos doutores
Para sempre levares como epifania,
a parábola dos sofredores
Para assim, carregar na penumbra,
a claridade dos autores
E enfim, fazer-se a vontade dos seus senhores…