Confissões
CONFISSÕES
Por Luiz A G Rodas
Desertei verde campo
Por nós dois bem cultivado
Eu só tinha intolerância
Temia ser rejeitado
Hoje, a pena imposta
Sentença, fui condenado
Tão raivoso e desatento
Havia não, percebido
Que de valor, pérola rara
Um presente oferecido
Descartei, por inocência
Um amor preconcebido
Com imensa estupidez
Antecipei despedida
Insensível, notei não
Deixava aberta a ferida
Naquela que indefesa
Era verdade em vida
Sucessivos, os tantos erros
Me conduziram ao mal
Insensato, agi somente
Fui egoísta, unilateral
Pequei, não vi a aflição
Estampada, era tão frontal
Assim, peço perdão
Ao semelhante, você pessoa
Dotada de tanto afeto
Exemplo de gente boa
Com essência natural
Uma rainha sem coroa
Eu, andarilho bem sei
Parei em lugar nenhum
Os sentimentos ausentes
O amor em total jejum
Mero objeto reduzido
A uma coisa comum
Faltou em minha bagagem
A provisão otimismo
Eu vazio, que estranho
Pareceu hipnotismo
A falta de fé me levou
Bem à beira do abismo
Peço perdão, finalmente
Por décadas, tempo perdido
A tristeza e o sofrimento
Por não seguir o prescrito
Do alto, o Juiz Supremo
Emitiu o veredito.