ELEGIA 2008

ELEGIA 2008

Ninguém sabe o dia certo

Em que a saudade virá:

Como enigma, de perto,

Desaguando no mar,

Sem sequer avisar o rumo

Do amor, em cada sonho que há

Transbordando em nós!

Não, ninguém sabe, no fundo,

O perímetro exato das emoções

E das lágrimas que correm pelo mundo,

No labirinto de tantos corações,

No terremoto humano da incerteza...

Se, no plano da vontade, tudo cede,

No desengano de quem pensa que viver

É apenas “ter” riqueza que se perde,

Talvez um dia saibamos o porquê

Tudo se vai, na luz que nos concede

O grande desafio de viver.