QUANDO A RAZÃO PERTENCE À EMOÇÃO
Julgado fugaz e na vala comum das perdas, anda o dito emocional;
Porque nos dias modernos, o tecnocrata governa da íntima caverna;
E dita normas auto-beneficentes, para a identificação do ato "normal";
Ensinando os tolos a assumir os remos, do bote que lhes desgoverna!
Estão matando o valor das lágrimas, em nome da falsa sociologia;
E o amor desse pós-milênio, saiu dos poemas para morar nos contratos;
Ser folha seca arrastada pelo moderno, tornou-se ideologia;
E o medo das chuvas da verdade, tem edificado humanos sem telhados!
Abaixo a industrialização da produção de minha mente;
Porque não quero as minhas fragilidades, em código de barras;
Deus preferiu não me fazer herói, quando do pó tornou-me gente;
Pra que não subisse além das minhas estaturas, não me deu garras!
Exijo o meu direito á loucura e me dou ao privilégio de me perder;
Porque se assim não fora, jamais encontraria o que me falta;
Livre de fato é todo homem, que a si mesmo pode prender;
Porque um universo imposto, não passa de uma ilusão em lata!
Que o céu azul de um verão, não nos convença a abdicar do inverno;
Que não percamos a visão, que a própria imperfeição tem seu valor;
Porque sem emoção, dá-se o comando do íntimo ao olhar externo;
E sem dar ouvidos ao coração, jamais saberíamos o que é o amor!