MEU DUELO COM A POLÊMICA

O medo do controvertido é a mordaça dos covardes;

Porque o muro é a eterna morada, dos seres manobrados;

Ávidos pelo inútil, glutões de futilidades, anoréxicos de personalidade;

Fileiras de milhões, onde me orgulho em dizer, jamais serei achado!

A minha pena é tala rígida a fustigar o comodismo;

Pois o meu sono vem da certeza, que meus telhados suportam pedras;

Falo do que penso, convicto e consequente, sem falso moralismo;

Suporto os tombos que precisar, mas afirmo que sou homem erguido e não de quedas!

Eu sou o arauto do direito à vida, e acredito no olhar da fé;

Por isso não advogo o desespero, que não aguarda pelo abrir da porta;

Há muitas facilidades para o prazer, mas é rara a heroína mulher;

Mulher que sofre, que bebe o cálice de seu drama, mas não aborta!

No mundo em que vivemos, conceito relativo é a sobrevivência;

Ricos em evidência, pobres esquecidos na crise da injusta sorte;

Por isso desconfio de leis, que em nome da ordem pedem licença;

Posto que só os excluídos, seriam alcançados pela pena de morte!

Já brincamos de bola, puxamos carrinhos e cantamos cirandas;

Agora a ciência nos propõe, que lhe permitamos o brincar de Deus;

Façamos órgãos humanos, determinemos sexo e aparência de crianças;

Células tronco são artifícios, para novos lucros e que da ética se diga adeus!

Eu não temo a perversão, que se esconde no discurso do ativismo;

O antinaturalismo evoca um hedonismo, que algo bom jamais ensina;

Respeito meus semelhantes, mas não endosso o homossexualismo;

Compreendo o ideal do feminismo, mas ainda prefiro a mulher feminina!

Na lei de meus valores, todas as drogas se encerram na ilicitude;

Odeio a nicotina e nunca serei visto na apologia aos derivados da embriaguez;

De todos os vícios, tenho o consumismo como o que mais ilude;

De todos os delírios, aderir a modismos, julgo a maior insensatez!

Assim vou eu, debaixo de poucas flores e muitas pedradas;

Andar com a maioria, definitivamente nunca será a minha vocação;

Me sinto feliz, mesmo com poucos companheiros de estrada;

Sou bem acompanhado, pela minha consciência, nessa filosófica solidão!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/05/2008
Código do texto: T987455
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.