VIAGEM INSANA

A noite me toma, fagueira em seus braços

Assim me transporta, não sei o caminho,

Nem quem eu sou, também onde estou

Me encontro, me perco... a razão vai e volta.

Me banho em meus sonhos, transpiro loucura.

Me inspiro, componho um cenário.

Sou Quixote, Julieta, Jocasta, Desdêmona

Maria Madalena, Joana Dar’c..., Titânia,

Sou Dalila escondida, na fragilidade dos cabelos.

Algo me ocorre: é luz, lucidez: maltrata, não vejo.

Embrenho-me ao mais íntimo resquício de gente.

Sou todos eles, tudo e nada, obscuridade.

Sou eu... me encontrei , estou de volta.

Pouco e nada sei de tudo o que sou.

Aninhada em meu leito, me deixo sonhar.

Durmo e acordo, idéias a bailar,

Outro dia virá, então... me encontrar.

Não sei se quero... não quero acordar.