Verdadeira beleza...
Entre fendas, onde os raios do sol brincam de esconde-esconde, na pureza da água que escorre feito véu de noiva e despencam contra as pedras, fazendo barulho.
Do grito e rugido que vem das matas, entre folhas secas e galhos tortuosos, curvo-me a natureza, pela beleza inigualável.
João de Barro, tecendo com o bico e os pés, amassando barro e com sabedoria constrói sua casa em postes ou travas das porteiras e em galhos desnudos, voltado ao norte para impedir que o vento atinja o seu interior, fazendo estragos.
Em curiosos gritos, fazem duetos enamorados, amantes apaixonados.
Grãos lançados, germinados com ar de mistério, girassol dourado feito os raios de luz, em sua haste imita na disposição das pétalas, mirarem sempre o sol.
Nada mais sublime do que o desabrochar de uma flor, com suas texturas e cores, aromas, perfume do amor, exalam na mesma sintonia da respiração.
Colírio no olhar, após a chuva repentina, arco-íris adornando o céu, trazendo esperança, mesmo em densas nuvens, rudimentar da aurora, desponta afagando a alma.
No trabalho árduo das abelhas produzindo o doce mel, e cítricas frutas aguçando o paladar, só de falar.
Verdadeira beleza, encontro na natureza, reflexo para minh´alma.
Escrito em: 24.07.2005
Por Águida Hettwer