Na arte em movimento...

É na arte em movimento, que se vê a espontaneidade do gesto...

É no movimento em arte, que se percebe criação do íntimo coração a despertar...

É no correr que se extravasa os sentimentos oprimidos...

É na cantiga de roda, na ciranda da vida, que se expõe a lágrima de um amor adormecido...

De uma alegria há muito esquecida!

É na cantiga da vida, doce cantiga,

Que se expressa o desejo de ser criança, de viver como se o tempo nada fosse!

É na amarelinha, no pular corda, no apostar quem chega primeiro...

Que se percebe o quanto a criança é verdadeira, podendo ser ela mesma!

O quanto pode sonhar, tocar as nuvens, voar para além do infinito...

Buscando doces de carinho e assim encher seu potinho!

Deixem-na ser criança, não a julguem pela aparência...

Ela é o que é...

Não lhe pise os pés...

Não apunhale o ser...

Não transgrida o seu modo de viver!

Não faça dela um exemplo de como os corpos não devem ser!

Vejam em seu olhar, a porta aberta do seu ser...

O que tem de bom a oferecer...

Pois é no movimento em arte e na arte em movimento...

Que se faz da vida uma doce cirandinha

Com tantas e tão coloridas guirlandas, que só você pode perceber!

Só perceberá por fim, se com ela cantarolar a doce cantiga da vida...

Em um eterno vivenciar!