CANTATA
O canto encanta a vida,
Talvez desencante a morte,
Não traga felicidades,
Nem mesmo espante as tristezas,
Mas cerca-nos de alegrias,
Deixando-nos entorpecidos
Sem nem ao menos saber.
O canto que em canto pobre,
Encontra um cantinho nobre
Para dali se espalhar,
Galopando sobre o vento,
Pelas trilhas do pensamento
Às notas doces no ar,
Deixa o porto da saudade,
Navegando de verdade
Tentando nos encontrar,
Não nos deixa o sol se por,
Abre as portas do amor,
E faz o peito extravasar.
RECONVERSAS