Entre letras e poemas...
Aberto o livro a ser escrito, em papel Couchê alvo, certo ressalvo, para evitar borrões, palavras ditas intencionalmente.
Entre letras, mil facetas, no seu interior poemas de amor, sentimentos aflorados, outros tantos aguçados, utópicos, descrevem a realidade, frases intercaladas, recheadas de afeto, quase um decreto, amor versos amor.
Fragrância adocicada esparge pelo ar, na sensibilidade do olhar, fagulha em noite escura, sinfonia angelical, minh´alma experimenta todos os sabores e desamores para escrever em verso, o compasso de dois corações imantados, enamorados, vestígios de paixão.
Entre fragmentos de vidas, somam partidas, dividindo solidão, procurando preencher o vazio do coração, entreolhar perdido, feito lágrima que desce sorrateiramente e espalha o líquido quente sobre a face, sem disfarce.
Explosões de sentimentos afloram, feito beija flor sugando o néctar das flores, orvalho escorre entre os dedos, pingos em pétalas acetinadas, aveludadas semelhante o leve toque dos dedos que deslizam sobre a pele, provocando calafrios.
Entre letras e poemas, disfarces e máscaras caídas pelo chão sem procurar razão, simplesmente sentem...
Cada palavra escrita retrata do mais sublime dos sentimentos a repugnância, depende da visão que absorve cada letra.
Poema explora a sensibilidade, descreve em linhas tortas e sobrepostas, os anseios do coração, despir-se diante do espelho e ver além do reflexo.
Como música e canção extraída no dedilhar do violão, afinidade na sua complexidade, deixar fluir a voz que vêm do coração, palavras ditas no silêncio, todos os desejos e todos os anseios, expostos, feito o vento que passa entre as cortinas, na dança sensual da paixão.
Entre letras e poemas, vidas retratadas...
Escrito em: 26.07.2005
Por Águida Hettwer