Amanhã
Espero sentado, porque de pé a gente cansa.
Lanço uma dúvida,
Um poema,
Uma trova,
Um verso e uma rima.
Um pombo devora tudo.
Na praia,
Suja,
De óleo,
Lembro do passado,
De ondas limpas,
Das crianças,
Do gritos e do sorvete de morango.
O sol é fraco e encoberto pela fumaça densa.
Toda uma geração se perdeu,
Fruto do ócio,
Do pó,
Da falta de saber querer.
Poucos jovens restaram e,
Tentam,
Sem sucesso,
Reverter o fim inevitável.
O mundo é dos velhos.
Cansado,
Já não gira,
Apenas rola e espera...