Olhar de pedra - Olhos nos olhos
Olhar de pedra
Pedra esquecida no quintal emoldura o canto do muro que escora há tempos a saudade dos tempos idos... Nova era historia passada a limpo, porém ali no canto adormecido para sempre aquela pedra...
Personagens mudaram a paisagem, plantaram novos frutos, ali no mesmo terreiro festas e enterros, apenas pra sempre aquela pedra marca o tempo.
Amparado na solidão estático feito pedra encravada Jaz tua carcaça esquelética preste a ser devorada, és tu pedra que se fez cascalho, carregando nos ombros lutas sem glórias vitórias sem méritos. Assiste agora o passa-passa em sua volta, o pensamento petrificado se volta àquela pedra, o olhar frio congela o momento que se faz vento.
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Olhos nos olhos
De fronte para teu olhar
Fez-se silencio repentino
No lago azul dançam as meninas
Lagrimas posam no assoalho
Inundando nosso passado
Para sempre o amor afogado.
O ambiente de repente entristeceu
Parece nunca ter sido meu
Flores perderam as cores
Os móveis mausoléus estendidos
Paredes garras afiadas
Vidas para sempre separadas.
Jamaveira