Devir

O meu devir é o que os animais não podem ser,

Pois já o são.

Sendo eu assim,

Uma construção,

Como saber se de fato

O que me leva é a razão?

E se os frutos de mim

Fugirem à intuição dos animais?

Serei mais vil por não concretar uma realidade comum?

Pouco sei.

Deixe-me guiar pelos instintos então!

Mas ora,

Não posso mais.

Deduzi que meu pensar é a razão da minha existência

(Como viver e não construir?)

Deixarei então a perfeição para os animais.

Tragam o meu devir!

Tragam o meu devir...

A mim não basta estar;

A mim é necessário ser.

Diego Guimarães Camargo
Enviado por Diego Guimarães Camargo em 26/04/2008
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