Devir
O meu devir é o que os animais não podem ser,
Pois já o são.
Sendo eu assim,
Uma construção,
Como saber se de fato
O que me leva é a razão?
E se os frutos de mim
Fugirem à intuição dos animais?
Serei mais vil por não concretar uma realidade comum?
Pouco sei.
Deixe-me guiar pelos instintos então!
Mas ora,
Não posso mais.
Deduzi que meu pensar é a razão da minha existência
(Como viver e não construir?)
Deixarei então a perfeição para os animais.
Tragam o meu devir!
Tragam o meu devir...
A mim não basta estar;
A mim é necessário ser.