VER E SENTIR

Veja o clichê do mundo desigual,

Na mesmice injusta a se perder de vista,

Uma dor constante que não se despista

No delírio só, pulsante e virtual !

Não apenas veja, mas de fato sinta

A luz sublime do amor que acalma,

Uma força indene a refletir na alma

O mar profundo das revoluções...

Pois não há proeza em cada breve dia,

Se não soubermos ver em nossa estrada

Um sentido além dessa matéria fria,

Numa luz que encanta, no amor que brada

Além do céu, da tecnologia,

No tempo humano, além de tudo e nada.