A abelhinha.
Ocupada, ocupada, só correndo, sem parada.
Traga isso, faça aquilo, não há tempo, tempo nada.
Poesia? Deixe disso, não esta vendo, estou ocupada?
Amor? Que absurdo, não há tempo! E ela gargalha.
Ocupada, ocupada, não há tempo, sem parada.
A vida da abelhinha é assim.
Ela trabalha, sem parar, sem pestanejar, sem pensar...
Não se pode perder tempo.
Pois até pensar muito é perda de tempo.
Amar... certamente é.
E viver acaba virando.
Mas quando ela volta de noite pra sua colméia, cansada...
Não há nada, de fato, novo.
Não há calor em seu travesseiro amigo, mas consolo.
Não há o amor, deixado de lado, mais uma vez.
Mas há paz, e silêncio, e algum conforto.
E Morfeu a contempla com um merecido (desmaio) sono...
Pois a manhã lhe trará, tudo de novo...e de novo.
Eu lhe admiro abelhinha, e a amo, mas não lhe invejo.
Eu sou feliz de estar mais para bicho-preguiça.
L>K