Demagogia reluzente

Nos versos de um poema

Frases ficam sem sentido.

Para aquele que não sabe interpretar,

O coração de um poeta a palpitar.

E na estranha e louca candura,

Disperso de um mundo tirano,

Vive-se o poeta

A demagogia reluzente.

De um mundo totalmente ausente.

Distante dessa cruel realidade.

E, quase se ouve verdades...

Mas embriaga-se de palavras iníquas,

Tranqüilas e insaciáveis,

Pois seu mundo é o seu habitat.

E nada os fará mudar.

Pois é em seus pensamentos

O lar perfeito onde querem estar.

Mesmo na dispersão,

Sempre brotam do coração

A estranha e louca emoção

E o desejo imenso de se declarar,

Em folhas de papel.

Palavras amarguradas,

Palavras enfeitiçantes.

Que de um mundo ilusório saem.

E ao vê-las correlacionas,

E uma a outra interligadas.

O poeta se sacia por momentos.

E se arrepia por segundos.

Ao ver que sua obra se finda.

E que o mundo pode proibir muitas coisas

Mas jamais seus pensamentos

Seus versos e desalentos.

Sobrescritos numa folha de papel...