Eu!
Acordei, para o que precisava ser acordado, o que estava escondido e que a muito não se via.
Olhei, para o que precisava ser olhado, aquilo que no mais profundo escuro se achava, que na mais pura dor ficava.
Andei, andei até cansar, parei e vi a areia se esvaindo pelas minhas mãos.
As mesmas mãos que antes me diziam tudo e agora não me dizem nada.
Chorei, chorei por ter errado, era tudo o que eu mais temia e se fez.
Chorei por ter quebrado, arrancado aquilo de mim, aquilo que eu mais temia ser arrancado, quebrado...
Agora, sozinha, longe de tudo e todos eu escrevo pra recuperar o que não pode ser recuperado.