O POETA DO POVO

O que sabemos de nós mesmos, nenhum olhar consegue ver;

E o parecer da consciência, não se equipara ao veredicto coletivo;

Predicativo para alguns, quando julgamos que nem sujeito podemos ser;

E em meio a tantos rótulos, nos perdemos de nossos reais adjetivos!

Aos olhos da admiração, somos exemplo de estrelismo;

E as grandezas que nos atribuem, nunca superam nossas insignificâncias;

Sob as hordas dessa ficção, perece na batalha o realismo;

Posto que nenhum humano superlativismo, a meu ver, tem relevância!

Há também os dardos destrutivos, do pseudo criticismo;

Que se arvora da imparcialidade, para invejar com dissimulação;

Enquanto sonhamos com os ares, eles torcem por nossos abismos;

Julgam poder nos envenenar, pelo cínico estender de sua mão!

Por isso eu não me perco, sob os ataques de tantos olhares;

Alguns que me abrigam, outros que em si não me dão lugar algum;

Por isso esvazio o peso da vaidade, e da humildade renovo os pesares;

Nem estrela e nem sombra, sou apenas um homem comum!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/04/2008
Código do texto: T938379
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