Outro infinito
Nem fato, nem ato
Um hiato do entendimento
Calou minha compreensão
Correu depressa para um abraço
Num trote rápido
Fez-me espera
Nesta era que estou sobra
De algum alguém
Hoje felicito-me por ter-me assim
Sem quase e sem sempre
Ando-me aos passos
Sem importar-me quem faz troça
À quem na poça
Vê o luar sem fim
Todos os jogos são aparentes
Há quem não agüente
E busca o término nos vultos
Quando incólumes passam
Como se o fim de uma vida
Iniciasse ao morrer
Aurora há no brilho de um olhar
De cores tão silenciosas
Acalentam-me sonhado orvalho
Ante o flanar dos pássaros
Como quem pisa o próprio peito
No amor refeito para um outro infinito