Embriaguez vadia

Embora o vinho

Não esteja bom

Embora o som

Seja muito antigo

A ti, eu digo:

-o meu filho não é digno

De ser só meu

E embora o trago

Rasgue-me a garganta

E agrida meu corpo

Meu corpo, meu osso

Meu poço não é fundo

E no fundo, não presto

Não valho mais ao mundo

O vinho e o trago se encontram

O filho do meu corpo

E copo embriagam-me

Obrigam-me a pensar em ti

E me perder em teu beijo

Tão vadio quanto o toque

Teu em meu seio.

s7

**/**/07

Shauara David
Enviado por Shauara David em 04/04/2008
Código do texto: T931051
Classificação de conteúdo: seguro