Embriaguez vadia
Embora o vinho
Não esteja bom
Embora o som
Seja muito antigo
A ti, eu digo:
-o meu filho não é digno
De ser só meu
E embora o trago
Rasgue-me a garganta
E agrida meu corpo
Meu corpo, meu osso
Meu poço não é fundo
E no fundo, não presto
Não valho mais ao mundo
O vinho e o trago se encontram
O filho do meu corpo
E copo embriagam-me
Obrigam-me a pensar em ti
E me perder em teu beijo
Tão vadio quanto o toque
Teu em meu seio.
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