BORBOLETA
Eu sou como as borboletas
Passo por metamorfoses
Cada uma me ensina
A me defender de animais ferozes.
A globalização quer me ver máquina
Robotizada, com controle de botões
Liga, desliga todo dia na mesma hora
Espera aí, sou gente e toco corações.
Tenho pele macia, não lataria
Nem ferro que rangem em meus ouvidos
Respiro, amo, sofro, caio, levanto...
Solto a minha voz em gritos atrevidos.
Tenho coração mole que bate
Às vezes descompassadamente
Em meio a tantas injustiças
Isto porque Eu sou gente.
De carne, osso e sentimentos
Uns bons, outros ruins
Mas tento controlá-los
Lutarei até nos confins.
Sou borboleta metamorfósica
Lanço vôos, de flor em flor
Acredito no sangue correndo nas veias
Nas pessoas e no amor.