Poeta Absurdo

Deixe-me com minhas poesias

Que são afinal parte de mim

Deixe-me com minha nostalgia

Talvez seja arte viver assim

Não conheço você por inteiro

Apenas trocamos nossos versos

Palavras escritas com esmero

Carícias de um jeito tão diverso

Como sonhos nunca realizados

No espaço e tempo reais

Talvez sejam da vida reflexos

De desejos, sonhos ideais

Transportam-nos para longe

Palavras em forma de asas

Levam-nos por tantas viagens

Sem mesmo sairmos de casa

Quem sabe se algum dia

Numa outra época futura

Estas linhas sejam lidas

E do mal se saiba a cura

Mas por agora a poesia

Que desta vida será loucura

Ou seria a única certeza

Matar a sede com água pura

Esqueça que um dia existi

Quem sabe alguém, no futuro

Venha a ler o que escrevi

E ilumine o que hoje é escuro

Talvez, quem sabe de sabedoria

O que hoje é tão obscuro

Amanhã ao ler alguém até sorria

Do ingênuo poeta absurdo

Walter Branco
Enviado por Walter Branco em 26/03/2008
Reeditado em 12/03/2010
Código do texto: T918076
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