Poeta Absurdo
Deixe-me com minhas poesias
Que são afinal parte de mim
Deixe-me com minha nostalgia
Talvez seja arte viver assim
Não conheço você por inteiro
Apenas trocamos nossos versos
Palavras escritas com esmero
Carícias de um jeito tão diverso
Como sonhos nunca realizados
No espaço e tempo reais
Talvez sejam da vida reflexos
De desejos, sonhos ideais
Transportam-nos para longe
Palavras em forma de asas
Levam-nos por tantas viagens
Sem mesmo sairmos de casa
Quem sabe se algum dia
Numa outra época futura
Estas linhas sejam lidas
E do mal se saiba a cura
Mas por agora a poesia
Que desta vida será loucura
Ou seria a única certeza
Matar a sede com água pura
Esqueça que um dia existi
Quem sabe alguém, no futuro
Venha a ler o que escrevi
E ilumine o que hoje é escuro
Talvez, quem sabe de sabedoria
O que hoje é tão obscuro
Amanhã ao ler alguém até sorria
Do ingênuo poeta absurdo