*Ao léu, ao céu, ao tudo, ao nada...*
Amanheci nos braços de mais um dia,
percorri os mesmos caminhos de sempre
a rotina foi a mesma que não queria,
fiz os olhos esqueceram lágrimas
segui meus passos em total apatia,
as flores me espargiram perfumes
mas não os recebi, estava em letargia,
nem ao clamor do vento dei atenção,
fiz de conta que nada ali acontecia,
atirei até pedras no lago adormecido,
evitei olhar minhas árvores, que heresia,
mas recolhi folhas úmidas do chão enlameado,
sinto nelas meus dedos em alquimia,
a reter a seiva em suas fibras retorcidas,
quieta está a natureza, nenhuma ave pia,
na curva da estrada sigo minha vida,
na escuridão da alma tempestade se anuncia."
26/03/08 *Marilda*
Nunca confunda o autor com o personagem