Vida Atômica
Abro os olhos e me vejo,
Caindo pelos abismos da vida.
Ora sugando todo ar do mundo,
Ora prendendo o ar na barriga !
Nascida dos ventos gélidos,
Não sou como qualquer uma.
Sou um armamento bélico,
Sou uma coroa de ouro pura !
Deixada em plena e deserta rua,
Invoco todos os deuses do céu.
Ordeno até que a mãe Lua,
Faça chover palavras com mel !
Minha vida é um emaranhado,
Fina linha de bombas-atômicas.
Armada para explodir tudo que está interligado,
Fazendo derreter corações em lembranças cômicas !