Na parede branco nuvem
A sereia desenhada
Redesenha seu mistério.
Luz de néon
Pingos de música impossível
Possível solidão.

E eu que me pergunto:
Quantos passos são precisos
Para construir a estrada?
Quntas perguntas se levantam
Sobre o decidido silêncio do nada?

Na madeira em que gravo meu espírito
Meu nome se perdeu entre rabiscos,
Que a mão
Em rebelde grito
Libertou
Versos malditos e ariscos.

OBS: Texto escrito em 1984