Sem rumo

Total escuridão

É o que sinto em meu coração

Completa solidão

Acompanhada apenas pela ilusão

Enxergo pela fresta

Da minha alma bem trancada

O pouco de esperança que me resta

Ainda bem desconfiada

Não sinto mais o chão

Perdi minha atenção

É tanta corrupção

E ninguém sabe o que é punição

Não posso falar o que penso

Mas tenho que pensar no que falo

No meio deste clima tenso

Assisto ao mundo descendo pelo ralo

Sinta o vento soprando novidades

Novas conquistas, novas desigualdades

Novas buscas, novas descobertas

Felizes as terras que ainda são desertas

Terras em que não se ouvem tiros

Em que não deslizam lágrimas que corroem

Lágrimas de homens que, como os vírus

Tudo o que tocam um dia destroem

Até quando seremos o que temos?

Até quando viveremos neste inferno?

Será que existe o bem?

Ou será que esse é um mal eterno?

J A Dorriguello
Enviado por J A Dorriguello em 06/03/2008
Código do texto: T888973