Sem rumo
Total escuridão
É o que sinto em meu coração
Completa solidão
Acompanhada apenas pela ilusão
Enxergo pela fresta
Da minha alma bem trancada
O pouco de esperança que me resta
Ainda bem desconfiada
Não sinto mais o chão
Perdi minha atenção
É tanta corrupção
E ninguém sabe o que é punição
Não posso falar o que penso
Mas tenho que pensar no que falo
No meio deste clima tenso
Assisto ao mundo descendo pelo ralo
Sinta o vento soprando novidades
Novas conquistas, novas desigualdades
Novas buscas, novas descobertas
Felizes as terras que ainda são desertas
Terras em que não se ouvem tiros
Em que não deslizam lágrimas que corroem
Lágrimas de homens que, como os vírus
Tudo o que tocam um dia destroem
Até quando seremos o que temos?
Até quando viveremos neste inferno?
Será que existe o bem?
Ou será que esse é um mal eterno?